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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Vigésima Terceira Julieta

Querida Julieta, já não te escrevo á imenso tempo e nem imaginas como me sinto triste por isso, contudo a vida mudou-me de rumo, de hábitos e para adiantar já algumas novidades, de amores também. As lágrimas nunca mais me invadiram o rosto, e a alegria invadiu-me de tal forma que parece que nunca mais vai sair. Conheces aquela sensação de que tudo está perfeito? Bem, é assim mesmo que me sinto.
Não imaginava encontrar-me aqui, a escrever-te com um sorriso enorme no rosto, uma vez que todas as vezes que te escrevi, eram desabafos sobrecarregados de lágrimas e tristesas que não me deixavam ver o exterior. Agora eu aprendi que sorrir não é ser feliz, ser feliz é muito mais, é estar bem conosco próprios e para isso conseguir aceitar o mundo tal e qual como ele é. Eu aprendi que sorrir não é ser feliz, porque agora, sorrio das minhas tristezas, e choro das minhas alegrias. Um beijinho, querida e sagrada Julieta.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Vigésima segunda Julieta

Querida Julieta, eram assim que começavam todas as lindas cartas que te escrevi. É mesmo verdade de que nós voltamos sempre aos lugares que nos fizeram sentir bem, aqui estou eu. Podia escrever-te um livro para te poder contar todas as coisas que se passaram neste longo período de tempo em que te deixei para trás. Peço imensas desculpas por isso. De um momento para o outro parece que as palavras me fugiram e as lágrimas ocuparam o seu lugar, sinto que não sou a mesma pessoa que se sentava perante o computador e soltava as palavras como quem solta um simples olhar. Vim para matar saudades tuas, para matar saudades do passado que acompanhas-te através de palavras sentidas. Não quero deixar nada para trás. Quero dizer tudo o que evitei dizer nestes últimos e belos tempos.
Tenho saudades tuas, querida Julieta, saudades do sabor das lágrimas, e... como é possivél alguém sentir saudades de uma dor? de um amor que só existiu da minha parte? de uma saudade não morta, de uma falta cada vez mais itensa? Tenho saudades de sentir o coração ocupado porque depois de tudo está vazio, e sem amor não é a mesma coisa. É como se parte de mim tivesse morrido. Um espaço enorme está por ocupar e eu não o consigo fazer. Estou invadida pelo medo de me entregar, de ser feliz, de viver a minha vida. Acho que por me ter habituado a uma rotina que me levava ao sofrimento não sei viver feliz mesmo que, tenha todos os motivos para tal.
Os dias passam, o sol nasce. A aragem aumenta, a areia voa. O mar agitasse, o sorriso esconde-se. O tempo passa, os hábitos ficam. A falta foge, as saudades aumentam. O amor morre. O coração fecha-se. A alma não vive e por mais que as pernas tenham a força de correr atrás de algo melhor, o melhor não chega, fica longe, como o céu. Parece infinito lá chegar.
Um beijinho Lara Vidal, para sempre, querida Julieta.

domingo, 13 de maio de 2012

Vigésima primeira Julieta

Querida Julieta, já perdi a conta de à quantos dias não te escrevo e por isso peço imensas desculpas por não ter cumprido com a minha promessa de que te escreveria sempre que tivesse novidades. A minha vida tem estado uma enorme correria, estou super confusa, mais uma vez. Não deixei de pensar no bernardo nunca e tentei seguir a minha vida, como já era de esperar, correu muito mal. Não consigo voltar a ser feliz sem ser com ele. Não consigos ser eu sem estar com ele por perto. Adoro o Bernardo. Todos os dias ele consegue fascinar-me mais um pouco com a sua inocência tremenda de fazer e dizer disparates.
O mundo trocou-me as voltas, as minhas pernas deixaram de correr para viver a vida. Não sei como agir e agora antes de dizer algo penso para mim umas três vezes se é correto dizê-lo. Já não sei ser eu própria, já passou imenso tempo e eu não o consigo tirar do meu coração e ás vezes só me apetece arrancá-lo à força por ele não querer estar comigo e não me deixar mostrar-lhe que entre nós nada acabou. Ele não me resiste e eu por mais que tente encontrar forças interiores não o consigo rejeitar por nada deste mundo. Sinto que ele ainda me pertence, assim como eu ainda lhe pertenço a ele. Sinto que... a nossa cama nunca ficou desfeita, e que os nosso beijos nunca deixaram de ter o mesmo sabor. Podemos pensar que sim, e de facto não vou negar que vezes sem fim o pensei. Mas errei. Errei porque nós somos aquilo que queremos, fazemos aquilo que queremos, e agimos da forma que queremos, por isso se eu quizer mentalizar-me de que não o amo, eu não o vou amar nos meus pensamentos embora o meu coração bata por ele a toda a hora! O poder da mente é enorme. É muito perigoso porque por vezes faz-nos ser quem não queremos, ter atitudes que não desejamos. Hoje sei que o meu coração é bem mais forte que o poder da mente, porque mesmo gritanto em sofoco todas as noites que " eu não amo quem me magoou " eu continuo a amar. Porque mesmo pensando todos os minutos " eu não sinto saudades " eu sinto-as cada vez mais. Querida Julieta tu sabes como é esperar, e eu, espero todos os dias sem idealizar um simples regresso. Só o queria de volta, tentar de novo, tu entendes-me. Um beijinho Lara Vidal.

domingo, 22 de abril de 2012

Vigésima Julieta

Querida Julieta, estava com algum receio de te aqui vir escrever porque nada disto faz sentido. Escrevo coisas que muitas vezes já não sinto. Eu já não amo. Deus tirou esse peso enorme do meu coração e colocou no lugar uma pomba branca para que vivesse na paz, eu sei que esta sensação maravilhosa de estar libertada de amar não irá durar muito, mas enquanto durar eu quero aproveitá-la ao máximo, com tudo o que puder, com todas as minhas forças, com os mais bonitos sorrisos. Quero puder dar o melhor de mim aos meus amigos, finalmente, depois de tudo o que os fiz passar, depois de me isolar no meu quarto e ignorar tudo o que me rodeava, mudei todas as minhas atitudes para com eles para pior, revelando-me egoísta, mas agora... é altura de recuperar, de mudar! Vou dedicar-lhes todo o tempo, sim, e vou deixar um de parte para te poder contar todas as aventuras, tudo de melhor. Nunca mais vou escrever sobre aquele amor, deixei-o para sempre como ele me deixou a mim. Enquanto a ti, a nós, eu não te posso deixar, porque foste a minha melhor amiga, o meu maior porto de abrigo. Vou escrever-te sempre que tiver novidades, sempre que o tempo me permitir. Vou escrever-te sobre coisas bem mais doces, alegres, bem mais interessantes, prometo. Um beijinho da tua amiga, Lara Vidal.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Décima sexta Julieta

Querida Julieta já é bastante o tempo que não te escrevo e por isso estou aqui, mais uma vez de coração puro e aberto para te confessar tudo o que escondo ao mundo exterior. Durante este tempo que estive ausente as lágrimas foram a minha companhia, entrei numa pequena depressão que me levou a um ponto preocupante de saúde. Estive no hospital durante dois dias e não conseguia comer. Para te ser totalmente sincera fiz tudo isso para chamar um pouco à atenção e isso deixa-me muito mal comigo mesma, porque eu nunca fui assim.
Nos dias em que o sorriso me está no rosto iludo-me com a certeza de que já não amo, que sou uma pessoa nova, que é ali que vou ser feliz; ganhar um novo sorriso com um brilho diferente, e depois, quando caiu na realidade volto à cama e à mesma almofada de sempre e as lágrimas invadem-me o rosto, a imagem dos seus olhos azuis ocupam-me os pensamentos e não me deixam dormir, atormentam-me e quando dou por mim é um dia novo. Mais um cigarro e vejo-me totalmente perdida, os caminhos fogem-me da frente. Sabes querida Julieta... ás vezes eu vejo o outro caminho, o da felicidade mas cada vez mais longe e ao longo do tempo parece que vou deixando de o ver, está-se a tornar como a linha do horizonte, cada vez mais distante. Um beijinho Lara Vidal.

domingo, 8 de abril de 2012

Décima quinta Julieta

Querida Julieta, voltei de novo a um ponto critico da situação, estou perdida mais uma vez, sem saber o que fazer. Não consigo lidar com isto psicologicamente e todas as noites isso me atormenta. Não faz chorar, mas pior que isso sufoca-me, prende-me de tal forma a este amor inexistente. Sim porque na verdade ele não existe, o que cá restam são pedaços dele, são pequenas gotas de sangue que um dia quem sabe com um simples corte se vão também. O que restam são coisas mínimas que na cabeça são imensas, nunca pensei que a minha cabeça me causasse tantos problemas porque afinal de tudo era ela quem me salvava muitas vezes de mostrar o que sentia quando não devia fazê-lo. Era por ela que eu aclamava quando queria ser orgulhosa. E os olhos? - Esses denunciam-me sempre, e contudo são os que mais gosto. Dizem sempre o que sinto quando aquele rapaz lindo de olhos azuis me enfrenta com palavras acarinhadas de tudo menos de amor, tu sabes querida Julieta... aquelas palavras que nos iludem e por muitas vezes motivam a correr atrás de uma coisa que já não vale a pena ( ou nunca valeu ).
Tenho um amor na cabeça sem o ter no coração que coisa mais esquisita...que absurdo! Como não consigo libertar-me destes pensamentos? Ás vezes eu liberto-os de mim, quando me divirto, quando estou com outro alguém. Foi assim que descobri que isto já não era amor ou que ás tantas nunca foi! Era impossível amar alguém e conseguir estar com outras pessoas para além dele. Quando descobri organizei de certa forma os meus dias : a noite para sentir falta e o dia para recuperar, mas isso comigo só tem acontecido de vez em quando, porque quando estou só, sinto-me assim - sem lágrimas no rosto; uma vontade de escrever; um sufoco; uma dor; uma saudade; um aperto; Mas... querida Julieta se isto não é amor o que será? Um beijinho Lara Vidal

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Décima quarta Julieta

Querida Julieta, calculei que assim que te começasse a escrever as lágrimas iam escorrer pelo rosto. Esta semana fui de férias não  para um sitio que não conhecesse, não um sitio que precisava, um sitio igual. Não consigo amá-lo. E para que foi tudo isto? Eu não consigo agarrá-lo da mesma forma, não consigo beijá-lo como dantes fazia. Eu não sei mais nada de nós. Eu não consigo sentir aquele longo arrepio na espinha, eu não consigo voltar ao que era. Não consigo gostar da pessoa para quem tenho escrito quase todos os dias, não consigo dizer que o amo e sentir mesmo. O que me aconteceu? Esperava tudo de mim menos isto, e sabes querida Julieta... estou muito triste e desiludida comigo própria pelo facto de me ter enganado durante este tempo todo. Julguei conhecer-me um pouco melhor... não sei!
Ele aparecia em todos os momentos e o meu coração mantinha-se com o mesmo batimento, não sufocava, não queria saltar para fora do peito como acontecia à uns tempos atrás. Os meus olhos desviavam-se automaticamente dele, e às vezes perguntava-me o que me estava a acontecer. Porquê não olhava eu da mesma maneira para o meu amor? Porquê não tinha eu uma vontade enorme de o abraçar?Porquê já não sentia eu aquele sentimento ofegante que me destruía. Porquê não gostei eu de partilhar outra vez a mesma cama que ele? Porquê não conseguiu ele encher-me de prazer como me fazia quando namorávamos?
Estou triste por não sentir amor por ele, porque ele era a pessoa certa para eu amar, contudo não sei para onde olhar, o que fazer, como reagir. As lágrimas custam a escorrer, é como se estivesse a fazer uma força maior para chorar. Será que eu esqueci o amor da minha vida? Será que eu vou ser feliz? Será que vou ficar bem de uma vez por todas? Bem, a primeira etapa já ultrapassei, agora é mais simples, é só tirar do pensamento quem do coração já saiu. Beijinho Lara vidal.

domingo, 1 de abril de 2012

Décima Terceira Julieta

Querida Julieta sinto um sufoco na garganta, algo que me está a destruir a pouca personalidade que tenho. Está a sufocar de uma forma muito agressiva e também a pressionar-me de uma certa forma para que lhe diga algo; para que lhe fale. Mas eu não quero, não o vou fazer porque me sinto um pouco mais forte do que um amor que foi trocado pela droga pelas más vidas, por escolhas inúteis sem caminho correto. Eu sou bem mais forte que tudo isto; que uma simples mensagem com tudo o que sinto. 
As lágrimas escorrem lentamente e a cabeça está a pensar numa solução rápida que me ajude a sair desta situação embaraçosa que me está a apertar o peito. Amanhã fazia-mos um ano e quatro meses... Tanto tempo! Fazemos também três meses que não falamos como dois adolescentes amigos, três meses que vivemos na ausência um do outro... isto se aquele coração de pedra tiver o dom de sentir a minha ausência, acho que isso seriam capacidades a mais para ele. E a mim? Só tenho vontade de fugir para um  lugar diferente, para bem longe. Não quero sons a perturbarem os meus ouvidos e o meu descanso, contento-me com o som da brisa, ou com o silêncio das árvores; com a melodia dos pássaros. Não quero uma cama hoje basta-me um pequeno cobertor e um monte de folhas para me aconchegar a cabeça. Não necessito de comida eu sei que não vou pensar nisso. Quero apenas dormir uma bela sesta como uma criança faz quando está cansada de brincar e no fim da tarde se aconchega no sofá, quero apenas descansar deste amor; desta dor; desta falta; desta saudade; quero descansar ;quero sair daqui; preciso de melhor. E hoje nem preciso de alguém para me acariciar as faces, nem os cabelos, o vento trata disso. Quero apenas sair deste mundo que me rodeia, daqueles bancos do jardim que tantas vezes me recordam todos os momentos. Quero só libertar-me, como ele se libertou de mim; preciso mesmo.
( É mesmo incrível como me sinto bem melhor depois de escrever tudo isto ) Um beijinho Lara Vidal.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Décima segunda Julieta

Querida Julieta, não te vou omitir que o contactei, mas tive as minhas razões. Senti um aperto enorme, uma saudade, uma falta que me saiu do peito, enquanto a mantive guardada não me preocupei mas desta vez as coisas complicaram-se. Não parava de receber noticias e não eram bem as que queria, a verdade é que procurei saber como ele estava, o que fazia e por onde andava, esperei ouvir sempre que estaria mal e com saudades minhas mas isso não acontecia. Não está como eu. Está bem e feliz com outra pessoa, não me custou saber isso porque assim pode ser que esse alguém o torne melhor,  ou então que sofra o que eu sofri, que chore o que eu chorei, e que ria, ria quando acabar, quando olhar para trás e ver a pessoa horrível com quem se meteu, creio que seja a única vez que consiga sorrir com ele por perto. Eu sorri mais mas foi porque existia amor entre duas pessoas, e neste caso não vai ser bem assim - tenho quase a certeza. Ele não reconheceu a minha voz e ignorou por completo o facto de eu lhe estar a contactar, não era nada que eu já não esperasse. Na verdade dele eu espero tudo, só nunca esperei que me deixasse daquela maneira tão brusca e que não se importasse com todo o meu sofrimento. Continuo completamente apaixonada por ele, pela pessoa que esconde, pelos nossos momentos, pelo seu cheiro, continuou aqui à espera que ele volte e me diga que se arrependeu de me ter deixado. Sei que nunca vai encontrar alguém que goste tanto dele como eu, que o ature e mime como eu o fiz, é por isso que tenho esta confiança no nosso amor - foi forte e intenso de mais ( pelo menos para mim ). Um beijinho Lara Vidal

segunda-feira, 26 de março de 2012

Décima primeira Julieta

Querida Julieta, cada vez sinto mais saudades do rapaz pelo qual me apaixonei a um tempo atrás e o pior de tudo é que eu sei que ele não está bem. Sinto-o tão triste, tão perdido, mas ele não mo mostra e também não lhe quero mostrar que sei a maneira como se sente, não quero que ele saiba que ainda me preocupo com ele mesmo já tendo seguido com a minha vida. Quero esperar pelo momento certo para lhe dizer como me sinto. Contudo o momento certo nunca mais chega e eu não suporto vê-lo assim, sei que com a minha presença talvez a sua alegria fosse outra e a vontade de viver fosse maior, talvez deixasse as vidas miseráveis a que se encontra para viver de novo, crescer... quem sabe. Estarei eu apenas a sonhar? Talvez não seja bem assim - talvez ele esteja até bem demais para se lembrar de mim. Vivo na incerteza do sentimento. Porquê não me diz ele que me quer de volta? Porquê? Eu tenho a certeza que depois de uma breve conversa nos ia-mos entender, e voltaria-mos a ser tudo o que fomos. Eu acredito nisso (ainda). Acredito que o para sempre não existe, e por isso o fim não será para sempre. O sofrimento não será para sempre, e esta espera não será para sempre, porque afinal de contas, como toda agente diz por aí : Nada é para sempre. Um beijinho Lara Vidal

sábado, 24 de março de 2012

Décima Julieta

Querida Julieta, já faz algum tempo que não o contacto, e até houveram bastantes momentos em que não senti a sua falta, mas agora, voltei ao mesmo. E imagine só qual é o ponto da situação : vontade de pegar no telemóvel e ligar-lhe, dizer-lhe como esteve mal em querer o fim de tudo isto, questiona-lo o porquê de querer a Droga, a Bebida e todas as outras más vidas a que se encontra neste momento. O porquê de se fazer algo que não é e de esconder o coração maravilhoso que têm. Vontade de lhe chamar uns quantos nomes para que percebesse que o estava apenas a caracterizar e não a dizer tudo da boca para fora. Tenho toda a vontade do mundo de lhe gritar, de lhe bater. Chegar a violência já que o meu amor não chega para lhe abrir os olhos. Depois beija-lo e dizer-lhe o quanto gosto dele; o quanto me custa tudo isto; o quanto me destrói vê-lo destruir-se; o quanto é mau para mim ter de estar longe dele.
Ele é o meu menino percebe-me Julieta? E por mais que eu saiba que a droga que consome não é das mais pesadas, e que, maioria o faz, ele é diferente. É o meu rapaz, não o posso ver mal, não se pode estragar, não o quero ver com os olhos fechados e quando abertos vermelhos. Não o quero ver a tombar para o lado por causa da bebida. Quero o bem dele, porque sei que ele é diferente, não precisa de nada disso para ser feliz, porque eu mesma o posso fazer. É tão complicado ver quem mais amamos ir por água abaixo sem podermos fazer nada, é tão injusto a vida ter vários caminhos, só queria poder tê-lo aqui como dantes e afastá-lo de todos esses perigos da vida . Um beijinho Lara Vidal.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Sexta Julieta

Querida Julieta, hoje dei por mim a chorar perante o computador, isto dá cabo de mim, não sei, não gosto de me sentir assim: perdida de saudade por alguém que nem sequer se lembra de mim. Cada lágrima, cada expressão triste me faz questionar-me o porquê de ainda me sentir assim, o porquê de ainda, com uma simples fotografia me sentir em baixo, destroçada. Porquê? ele seguiu, não olha mais para trás, deixou-me aqui, não quer saber, ignora-me, esconde-me o que sente, goza com o meu sofrimento, mente-me, porquê gosto eu ainda dele? Porquê que este meu doce coração não me deixa apaixonar de novo, por uma pessoa diferente, que me estime, que me ame e me acaricie como mereço?! Ou afinal sou assim tão má pessoa que nem isso mereço? O amor toda agente merece, ser amado toda agente deseja, e mesmo que poder amar alguém seja um grande dom - e agora impossível para mim. Ser amada é diferente; é sentir-se bem; sentir-se alguém; entendes-me?
Não me percebo, não sei onde está a minha forte personalidade, não sei o porquê de fazer estas coisas, de sofrer desta maneira, de me deixar afectar por qualquer coisa. Não sei! No mínimo devia-me sentir magoada com ele, e depois de tudo o que me fez, nunca mais querer vê-lo à frente. Mas não... pelo contrário, todos os dias o quero mais perto, todos os dias sinto esta vontade incontrolável de o querer contactar e embora eu não o faça sei que é essa a minha vontade. Terei eu um coração tão doce; tão perdido; tão apaixonado; tão bonito que nem capaz de se magoar com a pessoa que mais mal lhe causou é? 

quarta-feira, 21 de março de 2012

Quinta Julieta

Já é a terceira vez que te escrevo hoje e isto torna-se uma coisa viciante. Estou na aula de educação Visual e, não tenho nada a fazer uma vez que já terminei todos os trabalhos pedidos pela professora. Considero-me num daqueles dias de saudades e apercebi-me disso mesmo quando sentei nesta carteira e vi o seu nome aqui escrito, já meio apagado, escrito a caneta azul. Pelas minhas contas já aqui está desde o ano passado, quando éramos felizes. Devo-o ter escrito num dos meus bons dias em que o sorriso era o que mais se destacava no meu rosto... era contagiante. Quando o vi lembrei-me dele, desse meu grande amor, ele era tão querido, tão puro! Nem sei descreve-lo. Sinto que preciso de o ver, mas não vou satisfazer essa minha vontade ofegante, vou esquecer, mais uma vez. Um beijinho Lara Vidal.

Quarta Julieta

Os dias passam devagar, mas tenho-me sentido de uma maneira diferente, esquisita. Não sei se a consigo descrever mas posso tentar : Sinto o cheiro a verão, o sabor do meu gelado favorito debaixo da língua. Gosto de acordar todas as manhãs e ouvir o pássaro que voa nas redondezas da minha varanda; gosto de saber que as férias se aproximam e que vou poder correr junto à praia, e brincar com a espuma das ondas todas as matinas. Vou poder dirigir-me ao computador e escrever-te, querida Julieta. Admiro muito as férias por isso mesmo, é sinónimo de alegria, de liberdade. Espreguiçar-me e sentir o sabor do vento no rosto; sentir-me eu; ser eu de novo, e quem sabe esquecer-me um pouco do meu amor. Penso que estas férias me vão fazer muito bem. Um beijinho Lara Vidal.

Terceira Julieta

Já fazem hoje três dias que não tenho contacto com ele. Sabe Julieta é muito complicado porque todos os dias me deparo com esta vontade de escrever todas estas linhas com esperança que ele um dia as leia. Diariamente esta vontade de ver fotografias dele me percorre as veias. E como sempre e mais uma vez eke continua com o seu duro papel, mostrando que está feliz. Mas porquê me fez isto? Porquê me causa este sofrimento, esta dor? Não sei qual a intenção, mas penso que seja pelo simples facto de querer seguir a sua vida. Não entendo porque quer ele ser um fantasma sem cor quando é a melhor pintura que a vida já fez. Não entendo...
Um beijinho Lara Vidal

terça-feira, 20 de março de 2012

Segunda Julieta

Ás vezes gostava de ter a tua força e lutar por tudo isto, gostava que de repente um olhar me fizesse ter as forças e a vontade de que preciso para andar a correr atrás deste amor. É como se ele tivesse mil pernas e eu por mais que o tentasse acompanhar nunca fosse a tempo; é como estivesse a mais de cento e vinte quilómetros de mim apesar de estar só a sessenta. Gostava de voltar ao início, não sei. Não sei se seria diferente, se haveria outra magia bem mais forte da que houve; não sei se seria bom para ambos. Mas ele mostrasse tão bem, faz bem o seu papel mas eu não consigo fazer o meu. Não é fácil porque para ele o meu papel é amá-lo para sempre e emendar todos os seus erros mas para te ser sincera querida Julieta, eu até o fiz, durante algum tempo, durante o tempo em que ele mo deixava fazer, mas agora...Nem isso!
Não haverá mais nada entre nós? E eu? É mesmo bonito o que sinto e é todos os dias que vejo essa certeza apesar de tudo o que escrevo ser com as lágrimas nos olhos, eu sinto-me bem, escrevo com esperança que um dia alguém me responda, e quem sabe se tudo isto não passará de uma ilusão, de uma mera paixão. Ou então que me surpreenda a mim e a todos os que lêem estas apaixonadas linhas e seja um amor possível, um amor verdadeiro, daqueles em que se luta mas a recompensa da felicidade é sempre maior. Quem sabe ... Um beijinho apaixonado Lara Vidal.

Primeira Julieta



Ele era tão fantástico, tão puro, tão belo e é por isso que me pergunto tantas vezes o porquê de tudo isto nos ter acontecido. Era das pessoas com o melhor coração, uma sinceridade notada pela simples maneira de lidar com a vida. Uns olhos magníficos, uma pele morena e suave, um braço meigo, uma palavra certa, ele tinha tudo. Era carinhoso, era tudo para mim (é). Era tudo o que alguém um dia pode sonhar ser. E é por isso que não encontro a razão deste desvio de rota, não entendo porque o fez, a razão de ter deixado o melhor que dele tinha assim - em vão. As drogas foram o seu caminho, e não o posso criticar por o fazer, porque eu também o faço, mas critico por ter deixado que isso o prejudicasse em toda a sua vida. As palavras tornaram-se espessas, duras de ouvir. A cara que dá ao mundo não é a verdadeira, não é a que o coração têm. Dá a conhecer ao mundo a sua parte má e porquê? porquê? se consegue ser a melhor pessoa do mundo? Não entendo...
Não entendo porque esconde ele tudo o que sente a sete chaves, e mostra o quão horrível consegue ser. Não entendo mesmo, mas contudo conseguiu afastar-nos um do outro, conseguiu levar o nosso amor, não sei bem para onde mas ele levou-o. Um beijinho Lara Vidal.