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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Vigésima Terceira Julieta

Querida Julieta, já não te escrevo á imenso tempo e nem imaginas como me sinto triste por isso, contudo a vida mudou-me de rumo, de hábitos e para adiantar já algumas novidades, de amores também. As lágrimas nunca mais me invadiram o rosto, e a alegria invadiu-me de tal forma que parece que nunca mais vai sair. Conheces aquela sensação de que tudo está perfeito? Bem, é assim mesmo que me sinto.
Não imaginava encontrar-me aqui, a escrever-te com um sorriso enorme no rosto, uma vez que todas as vezes que te escrevi, eram desabafos sobrecarregados de lágrimas e tristesas que não me deixavam ver o exterior. Agora eu aprendi que sorrir não é ser feliz, ser feliz é muito mais, é estar bem conosco próprios e para isso conseguir aceitar o mundo tal e qual como ele é. Eu aprendi que sorrir não é ser feliz, porque agora, sorrio das minhas tristezas, e choro das minhas alegrias. Um beijinho, querida e sagrada Julieta.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Vigésima segunda Julieta

Querida Julieta, eram assim que começavam todas as lindas cartas que te escrevi. É mesmo verdade de que nós voltamos sempre aos lugares que nos fizeram sentir bem, aqui estou eu. Podia escrever-te um livro para te poder contar todas as coisas que se passaram neste longo período de tempo em que te deixei para trás. Peço imensas desculpas por isso. De um momento para o outro parece que as palavras me fugiram e as lágrimas ocuparam o seu lugar, sinto que não sou a mesma pessoa que se sentava perante o computador e soltava as palavras como quem solta um simples olhar. Vim para matar saudades tuas, para matar saudades do passado que acompanhas-te através de palavras sentidas. Não quero deixar nada para trás. Quero dizer tudo o que evitei dizer nestes últimos e belos tempos.
Tenho saudades tuas, querida Julieta, saudades do sabor das lágrimas, e... como é possivél alguém sentir saudades de uma dor? de um amor que só existiu da minha parte? de uma saudade não morta, de uma falta cada vez mais itensa? Tenho saudades de sentir o coração ocupado porque depois de tudo está vazio, e sem amor não é a mesma coisa. É como se parte de mim tivesse morrido. Um espaço enorme está por ocupar e eu não o consigo fazer. Estou invadida pelo medo de me entregar, de ser feliz, de viver a minha vida. Acho que por me ter habituado a uma rotina que me levava ao sofrimento não sei viver feliz mesmo que, tenha todos os motivos para tal.
Os dias passam, o sol nasce. A aragem aumenta, a areia voa. O mar agitasse, o sorriso esconde-se. O tempo passa, os hábitos ficam. A falta foge, as saudades aumentam. O amor morre. O coração fecha-se. A alma não vive e por mais que as pernas tenham a força de correr atrás de algo melhor, o melhor não chega, fica longe, como o céu. Parece infinito lá chegar.
Um beijinho Lara Vidal, para sempre, querida Julieta.

domingo, 13 de maio de 2012

Vigésima primeira Julieta

Querida Julieta, já perdi a conta de à quantos dias não te escrevo e por isso peço imensas desculpas por não ter cumprido com a minha promessa de que te escreveria sempre que tivesse novidades. A minha vida tem estado uma enorme correria, estou super confusa, mais uma vez. Não deixei de pensar no bernardo nunca e tentei seguir a minha vida, como já era de esperar, correu muito mal. Não consigo voltar a ser feliz sem ser com ele. Não consigos ser eu sem estar com ele por perto. Adoro o Bernardo. Todos os dias ele consegue fascinar-me mais um pouco com a sua inocência tremenda de fazer e dizer disparates.
O mundo trocou-me as voltas, as minhas pernas deixaram de correr para viver a vida. Não sei como agir e agora antes de dizer algo penso para mim umas três vezes se é correto dizê-lo. Já não sei ser eu própria, já passou imenso tempo e eu não o consigo tirar do meu coração e ás vezes só me apetece arrancá-lo à força por ele não querer estar comigo e não me deixar mostrar-lhe que entre nós nada acabou. Ele não me resiste e eu por mais que tente encontrar forças interiores não o consigo rejeitar por nada deste mundo. Sinto que ele ainda me pertence, assim como eu ainda lhe pertenço a ele. Sinto que... a nossa cama nunca ficou desfeita, e que os nosso beijos nunca deixaram de ter o mesmo sabor. Podemos pensar que sim, e de facto não vou negar que vezes sem fim o pensei. Mas errei. Errei porque nós somos aquilo que queremos, fazemos aquilo que queremos, e agimos da forma que queremos, por isso se eu quizer mentalizar-me de que não o amo, eu não o vou amar nos meus pensamentos embora o meu coração bata por ele a toda a hora! O poder da mente é enorme. É muito perigoso porque por vezes faz-nos ser quem não queremos, ter atitudes que não desejamos. Hoje sei que o meu coração é bem mais forte que o poder da mente, porque mesmo gritanto em sofoco todas as noites que " eu não amo quem me magoou " eu continuo a amar. Porque mesmo pensando todos os minutos " eu não sinto saudades " eu sinto-as cada vez mais. Querida Julieta tu sabes como é esperar, e eu, espero todos os dias sem idealizar um simples regresso. Só o queria de volta, tentar de novo, tu entendes-me. Um beijinho Lara Vidal.

domingo, 22 de abril de 2012

Vigésima Julieta

Querida Julieta, estava com algum receio de te aqui vir escrever porque nada disto faz sentido. Escrevo coisas que muitas vezes já não sinto. Eu já não amo. Deus tirou esse peso enorme do meu coração e colocou no lugar uma pomba branca para que vivesse na paz, eu sei que esta sensação maravilhosa de estar libertada de amar não irá durar muito, mas enquanto durar eu quero aproveitá-la ao máximo, com tudo o que puder, com todas as minhas forças, com os mais bonitos sorrisos. Quero puder dar o melhor de mim aos meus amigos, finalmente, depois de tudo o que os fiz passar, depois de me isolar no meu quarto e ignorar tudo o que me rodeava, mudei todas as minhas atitudes para com eles para pior, revelando-me egoísta, mas agora... é altura de recuperar, de mudar! Vou dedicar-lhes todo o tempo, sim, e vou deixar um de parte para te poder contar todas as aventuras, tudo de melhor. Nunca mais vou escrever sobre aquele amor, deixei-o para sempre como ele me deixou a mim. Enquanto a ti, a nós, eu não te posso deixar, porque foste a minha melhor amiga, o meu maior porto de abrigo. Vou escrever-te sempre que tiver novidades, sempre que o tempo me permitir. Vou escrever-te sobre coisas bem mais doces, alegres, bem mais interessantes, prometo. Um beijinho da tua amiga, Lara Vidal.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Décima sexta Julieta

Querida Julieta já é bastante o tempo que não te escrevo e por isso estou aqui, mais uma vez de coração puro e aberto para te confessar tudo o que escondo ao mundo exterior. Durante este tempo que estive ausente as lágrimas foram a minha companhia, entrei numa pequena depressão que me levou a um ponto preocupante de saúde. Estive no hospital durante dois dias e não conseguia comer. Para te ser totalmente sincera fiz tudo isso para chamar um pouco à atenção e isso deixa-me muito mal comigo mesma, porque eu nunca fui assim.
Nos dias em que o sorriso me está no rosto iludo-me com a certeza de que já não amo, que sou uma pessoa nova, que é ali que vou ser feliz; ganhar um novo sorriso com um brilho diferente, e depois, quando caiu na realidade volto à cama e à mesma almofada de sempre e as lágrimas invadem-me o rosto, a imagem dos seus olhos azuis ocupam-me os pensamentos e não me deixam dormir, atormentam-me e quando dou por mim é um dia novo. Mais um cigarro e vejo-me totalmente perdida, os caminhos fogem-me da frente. Sabes querida Julieta... ás vezes eu vejo o outro caminho, o da felicidade mas cada vez mais longe e ao longo do tempo parece que vou deixando de o ver, está-se a tornar como a linha do horizonte, cada vez mais distante. Um beijinho Lara Vidal.