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terça-feira, 17 de abril de 2012

Décima sexta Julieta

Querida Julieta já é bastante o tempo que não te escrevo e por isso estou aqui, mais uma vez de coração puro e aberto para te confessar tudo o que escondo ao mundo exterior. Durante este tempo que estive ausente as lágrimas foram a minha companhia, entrei numa pequena depressão que me levou a um ponto preocupante de saúde. Estive no hospital durante dois dias e não conseguia comer. Para te ser totalmente sincera fiz tudo isso para chamar um pouco à atenção e isso deixa-me muito mal comigo mesma, porque eu nunca fui assim.
Nos dias em que o sorriso me está no rosto iludo-me com a certeza de que já não amo, que sou uma pessoa nova, que é ali que vou ser feliz; ganhar um novo sorriso com um brilho diferente, e depois, quando caiu na realidade volto à cama e à mesma almofada de sempre e as lágrimas invadem-me o rosto, a imagem dos seus olhos azuis ocupam-me os pensamentos e não me deixam dormir, atormentam-me e quando dou por mim é um dia novo. Mais um cigarro e vejo-me totalmente perdida, os caminhos fogem-me da frente. Sabes querida Julieta... ás vezes eu vejo o outro caminho, o da felicidade mas cada vez mais longe e ao longo do tempo parece que vou deixando de o ver, está-se a tornar como a linha do horizonte, cada vez mais distante. Um beijinho Lara Vidal.

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